Neste sábado, 6 de junho, é o dia nacional do teste do pezinho. O exame, realizado nos primeiros dias de vida dos bebês, é simples, mas importantíssimo: pode detectar precocemente oito doenças metabólicas, congênitas e infecciosas. Por conta disso, a realização do exame é obrigatória em todo o Brasil desde 1992. Uma das doenças que o teste pode detectar é a Fibrose Cística, também conhecida como mucoviscidose. A doença é considerada rara, atinge um em cada 10 mil brasileiros. No entanto, quem nasceu antes de 1992 e não fez o exame ao nascer pode conviver com doenças sem mesmo saber. É o caso da psicóloga Verônica Stasiak, que somente aos 23 anos foi diagnosticada corretamente.

Pneumonias de repetição, tosse crônica, desnutrição, dificuldade para ganhar peso e estatura, movimentos intestinais anormais, pólipos nasais, suor mais salgado que o normal. Todos esses sintomas podem estar ligados à doença, que não tem cura, mas que se for tratada desde cedo, permite uma boa qualidade de vida aos portadores. Depois do diagnóstico, Verônica criou uma ONG, a Unidos Pela Vida, para informar a população sobre a doença e dar apoio aos portadores e familiares. Ela lembra, no entanto, que o teste do pezinho é apenas uma triagem no diagnóstico da condição.

Com algumas gotinhas de sangue, retiradas do calcanhar dos recém-nascidos, o teste do pezinho também consegue diagnosticar traços de doenças como a anemia falciforme, toxoplasmose, fenilcetonúria, além de outras condições genéticas e metabólicas importantes.