O governador Beto Richa, do PSDB, adiou para a próxima segunda-feira o anúncio da decisão sobre se ele vai ou não renunciar ao mandato para se candidatar a uma das duas vagas paranaenses no Senado em disputa nas eleições de outubro. Apesar do suspense, a saída de Richa já é dada como certa. O prazo para a desincompatibilização de quem vai concorrer a outro cargo termina no próximo dia 7.

No último dia 14, Richa prometeu anunciar a decisão esta semana. Ontem, durante o velório do ex-deputado federal Luciano Pizzatto, do DEM, no Palácio Iguaçu, o governador alegou que ainda tem questões pendentes para definir o futuro político dele. Richa confirmou à BandNews que o anúncio da decisão ficou para segunda-feira. Ele falou que novidades podem surgir por ter percebido “uma movimentação diferente” dos partidos.

E alegou que aguarda os ajustes finais para anunciar a decisão. Na semana passada, Richa chegou a afirmar que poderia encerrar a carreira política, permanecendo no cargo até o final do mandato, em dezembro deste ano. Aliados próximos ao governador, porém, dizem que essa possibilidade é remota, porque o tucano teria uma eleição praticamente garantida para o Senado, já que são duas vagas em disputa.

Além disso, se ele não renunciar, o filho dele, Marcelo Richa, do PSDB, pré-candidato a deputado estadual, e o irmão e secretário de Estado da Infraestrutura, José Richa Filho, do PSDB, pré-candidato à Câmara Federal, ficariam impedidos de concorrer em razão do parentesco. A vice-governadora Cida Borghetti, do PP, conta com a saída de Richa para assumir o governo e concorrer à reeleição.