Assembleia amanhã (4) pode por fim a maior greve dos últimos 12 anos na rede estadual de ensino
Quinze mil professores e funcionários das escolas públicas estaduais são esperados para a assembleia de quarta (4) que deve definir os rumos da paralisação. A estimativa é do sindicato que representa a categoria. O encontro pode por fim à greve que já é a maior dos últimos 12 anos e terça (3) completa 23 dias. Os professores vão avaliar as propostas apresentadas pelo governo do Estado para os sete pontos de reivindicações. Uma decisão judicial, que deveria ser cumprida até a quarta-feira, obriga o início das aulas no terceiro ano do ensino médio, mas a APP Sindicado deve recorrer da liminar. Segundo a categoria, o governo ainda não distribuiu os novos professores entre as unidades, portanto, não há condições de retomar as aulas. O governo entrou com o pedido de liminar na sexta-feira (27), depois de declarar que todas as possibilidades de acordo com a categoria já foram esgotadas. A cautelar foi concedida pelo juiz de plantão Victor Martin. No despacho, ele afirma que “há risco evidente e irreparável à ausência do conteúdo para os fins do concurso vestibular, provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e recomposição do calendário escolar”. A decisão prevê ainda a aplicação de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento. A administração estadual também quer que a greve seja declarada ilegal, mas o Tribunal de Justiça só deve se pronunciar sobre a abusividade ou não do movimento na quarta-feira, depois da assembleia da categoria. O encontro será a partir das oito e meia da manhã desta quarta-feira, na Vila Capanema.