Carne Fraca tem primeira sentença e três pessoas são condenadas pela Justiça

Um ex-superintendente regional e um ex-chefe do escritório do Ministério da Agricultura no Paraná são os primeiros condenados em ação penal decorrente das investigações da Operação Carne Fraca. Ao todo, na noite desta sexta-feira (27), o juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, condenou três pessoas, por crimes como corrupção passiva e peculato – quando o funcionário público usa o cargo para cometer crimes contra o erário.

A maior condenação é do ex-superintendente regional do Ministério da Agricultura aqui no Paraná, Gil Bueno de Magalhães. Ele foi condenado a sete anos e nove meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, peculato, advocacia administrativa e uso de atestado médico falso. O ex-superintendente do Ministério da Agricultura ainda é réu em outros processos da Carne Fraca.

A Operação foi deflagrada em março de 2017 para investigar irregularidades cometidas dentro da Superintendência Federal de Agricultura no Paraná, órgão do Ministério da Agricultura. As denúncias foram apresentadas pelo fiscal agropecuário federal Daniel Gouvêa Teixeira. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Gil Bueno de Magalhães usou o cargo para favorecer uma empresa com a alteração de um certificado. A companhia iria mandar mercadorias para a Espanha e tentava burlar a fiscalização na Europa.

Ainda de acordo com o MPF, o ex-superintendente do Ministério da Agricultura teria solicitado vantagens indevidas para fraudar as informações que beneficiariam a empresa envolvida no esquema. Também foram condenados o ex-chefe do escritório do Ministério em Foz do Iguaçu, Antonio Garcez da Luz. Ele recebeu pena de quatro anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e peculato culposo. A sentença ainda envolve o assistente administrativo Carlos Alberto de Campos.

Ele foi condenado a três anos e oito meses de prisão pelo crime de peculato. O juiz Marcos Josegrei da Silva ainda absolveu outras quatro pessoas denunciadas pelo Ministério Público Federal. A empresária Cláudia Sakai respondia pelo crime de corrupção passiva, enquanto o policial federal Arlindo Alvares Padilha Júnior tinha sido denunciado por peculato, junto com dois agentes de atividades agropecuárias.

Os crimes investigados na Operação Carne Fraca teriam começado em 2007, por intermédio da organização criminosa formada por funcionários públicos do Ministério da Agricultura, aqui no Paraná. Como consequência, produtos alimentícios foram adulterados e substâncias não permitidas foram usadas. Crimes semelhantes teriam sido cometidos, ainda, em Goiás e Minas Gerais. Na 14ª Vara Federal de Curitiba, até o momento, tramitam seis ações penais, contra 60 pessoas, por crimes contra a administração pública, contra a saúde e de associação e organização criminosa. Seis réus já tiveram acordos de colaboração premiada ou de leniência homologados. A Operação Carne Fraca já teve três fases.

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