Caso Muggiati: Justiça nega pedido de liberdade de médico Rafael Suss Marques
A Justiça negou ontem (quarta, 31) o pedido de liberdade do médico Rafael Suss Marques, acusado de ter assassinado a atleta Renata Muggiati. Suss Marques foi condenado no início de maio por lesão corporal e ameaça contra uma ex-namorada, com pena de pouco mais de quatro meses de prisão. Como está preso desde o final de 2016, a defesa pede a soltura alegando que o médico é réu primário, com residência fixa e atividade lícita. O advogado do médico, Edson Abdala, disse que vai tentar um novo recurso para soltar Suss Marques.
Além do crime cometido contra a ex-namorada, no dia 23 de dezembro do ano passado, Suss Marques é acusado de ter agredido e depois jogado a fisiculturista Renata Muggiati da janela de seu apartamento, no 31º (trigésimo primeiro) andar, no Centro de Curitiba, em setembro de 2015. O Ministério Público do Paraná pediu a manutenção da prisão preventiva e alegou que Rafael descumpriu uma série de obrigações e condutas impostas para sua liberdade, desde a morte de Renata. A irmã da vítima, Tina Muggiati, disse que a decisão de manter o médico preso serve de exemplo para evitar crimes de violência contra a mulher.
Desde que a irmã morreu, Tina montou um grupo de apoio às mulheres que sofrem violência. O coletivo se chama “Reação Amor Perfeito” que, desde a morte de Renata, realizou três ações de conscientização em Curitiba.
A juíza substituta, Taís de Paula Scheer, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, ao negar o pedido de liberdade de Rafael, disse em despacho que o médico voltou a praticar atos de violência contra a mulher e que é impossível substituir a prisão do médico por outro tipo de punição. Com a decisão da Justiça desta semana, o médico seguirá preso enquanto aguarda o julgamento pela morte de Renata Muggiati, ou até que um novo recurso da defesa de Rafael seja aceito.