Cidade com maior número de mortes por dengue no PR, Paranaguá dá início a campanha de vacinação

A tão esperada campanha de vacinação contra a dengue é lançada esta terça-feira (26) em Paranaguá, no Litoral do Estado. A cidade é a mais afetada pela doença no Paraná, com 16.444 casos confirmados de agosto de 2015 até agora, ou seja, quase 30% do total de 55.260 registros em território paranaense. O município também concentra 30 mortes das 61 verificadas no período, o que equivale a praticamente 50%.

O prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB) está otimista e conta boa parte da população deve ser protegida com a oferta das doses a pessoas de nove a 45 anos de idade.

Desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, pioneiro no desenvolvimento da imunização no mundo, a vacina é a única com registro na Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e protege contra os quatro tipos de dengue que circulam no Brasil. Com o lançamento da campanha, o Paraná se torna o primeiro Estado das Américas a oferecer a imunização de graça para a população.

O prefeito de Paranaguá afirma que o município já dispõe das 90 mil doses que vão ser distribuídas e que o início da vacinação está previsto para a próxima quarta-feira.

A previsão inicial é de que o Estado vai disponibilizar 500 mil doses para as 30 cidades mais afetadas pela dengue. Segundo dados apurados pelo jornal Metro, em outros municípios a vacina deve ser aplicada em pessoas entre 15 e 27 anos de idade – faixa etária que seria a mais vulnerável à doença dentro do grupo de risco estipulado pelo Ministério da Saúde.

Foz do Iguaçu, no oeste, é a segunda cidade com mais casos confirmados e tem 10.532 registros, com 18 mortes. O terceiro município da lista é Londrina, no norte, com 9.210 ocorrências e quatro óbitos. Além de Paranaguá, todas as demais localidades contempladas pelo governo com o envio de doses ficam no oeste e norte.

Os critérios usados para definir as localidades foram: três picos de epidemia nos últimos cinco anos ou epidemia explosiva nos últimos 12 meses. Curitiba ficou de fora da lista, ao menos neste primeiro momento, porque não registrou surtos significativos da enfermidade.

Segundo o governo, a dengue custa mais de R$ 200 milhões anuais aos cofres públicos entre gastos diretos e indiretos. Com a vacina, a ideia é diminuir sistematicamente o número de casos e evitar novas epidemias, além de cortar despesas, uma vez que o investimento definido para a campanha de vacinação é muito inferior ao que hoje é destinado para tratar os pacientes.

Para funcionar, o produto deve ser aplicado em três doses, com intervalos de seis meses. Com a imunização, a chance de diminuição no volume de infecções graves é de até 94% e de até 81% na quantidade de internações. O lançamento da campanha vai ser às 16h desta terça-feira (26), no Porto de Paranaguá.

Além de ser oferecida pela rede pública nas 30 cidades mais afetadas pela dengue no Paraná, a vacina contra a doença também vai ser disponibilizada nos laboratórios particulares em todo o país. E o custo das doses já foi definido pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. De acordo com o órgão, o imunizante Dengvaxia, produzido pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, varia de R$ 132,76 a R$ 138,53. No Paraná, o preço deve ser fixado em R$ 134,63.

Os valores foram divulgados pela agência nessa segunda-feira (25), representam o teto de cobrança e os estabelecimentos são obrigados por lei a respeitar esse limite. A variação nos preços se dá devido às diferentes alíquotas de ICMS vigentes no país. No Paraná, a alíquota é de 18%. Para as compras governamentais (de municípios, estados e da União), o custo é menor já que a legislação determina um desconto compulsório.

O laboratório é pioneiro no desenvolvimento da imunização no mundo e a vacina é a única com registro na Anvisa. O produto protege contra os quatro tipos de dengue que circulam no Brasil, mas precisa ser aplicado em três doses, com intervalos de seis meses.

Além da vacina francesa, outros imunizantes contra a dengue já estão em produção e são analisadas pela Anvisa. São eles o do Instituto Butantã, que iniciou neste mês a fase de testes com voluntários; o do Takeda e do Bio-manguinhos/FioCruz, em parceria com a GSK.

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