Encontro discute o futuro do jornalismo cultural
Discussões sobre cultura no Brasil fizeram parte da programação do Festival de Curitiba
O encontro “E agora, jornalismo cultural, para onde?” foi parte do projeto Interlocuções, no 30.ª edição do Festival de Curitiba. Pela primeira vez no evento foi realizado uma bate-papo entre profissionais da área da comunicação e cultura, para debate a nova era das mídias no jornalismo atual.
Com mediação de Sandro Moser, os jornalistas Miguel Arcanjo, Pedro Neves e Carol Braga falaram sobre as tendências e dificuldades relativas à cobertura de arte e cultura no Brasil. O momento de crise no setor e as diferentes linguagens e formatos foram abordados.
Carol Braga, fundadora do portal Culturadoria, falou sobre o empreendedorismo na área do jornalismo e como as parcerias são importantes em casos em que os portais não têm visibilidade significativa.
Miguel Arcanjo, responsável pelo Blog do Arcanjo, comentou sobre a importância da divulgação de projetos e redes sociais nesse momento. O jornalista falou também sobre as diferentes formas de monetização do jornalismo digital, que passa por uma revolução tecnológica e cita o exemplo das transições para podcasts, reels e plataformas como o Youtube. Uma das maneiras de viabilizar esse novo jornalismo, segundo Arcanjo, é através do Google Adsense e estratégias de entregas como o SEO.
“Cultura não monetiza”. Em uma das falas do bate-papo, Maximilian Santos, assessor do Festival, citou uma frase corriqueira para quem trabalha na área e enfatiza que devem ser feitas mudanças no próprio pensamento das pessoas para que se invista em cultura no país. Ele cita um exemplo de melhorias para o setor e novidades deste ano no festival: o lançamento da plataforma CACO, com o objetivo de conectar o profissional do setor cultural e fomentar a divulgação de seus trabalhos.
Segundo Leandro Knopfholz, diretor do Festival, a iniciativa tem potencial para, além de aproximar os profissionais, gerar oportunidades de trabalhos, negócios e compartilhamento de conhecimentos. A CACO está disponível no site http://www.caco.com.br e nos aplicativos Google Play e Apple Store.
A reportagem faz parte do projeto especial para o site bandnewsfm feita em parceria com estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Positivo. O texto é de Noemia Sibele.