Comunidades sem escolas indígenas devem ter ensino da língua materna
Comunidades indígenas que não possuem escola regular devem ter o ensino da língua materna regulamentado. Os alunos terão as matrículas e históricos escolares registrados em uma escola de base indígena próxima à comunidade em que vivem.
Segundo o governo do Estado, a regulamentação vai beneficiar 603 estudantes matriculados em escolas estaduais e municipais regulares, sendo 523 da etnia caingangue e 80 da etnia guarani.
Eles são de 14 comunidades de Toledo, na região oeste do estado, Londrina, na região norte e Curitiba. Os estudantes terão quatro horas/aulas por semana nas línguas maternas ministradas por professores nativos. A regulamentação foi aprovada pela Secretaria de Estado da Educação, por meio da Coordenação de Educação do Campo, Indígena e Cigana.
A rede estadual de ensino do Paraná tem atualmente 38 escolas indígenas que oferecem ensino bilíngue desde Educação Infantil até o Ensino Médio. São cerca de 5 mil estudantes matriculados. Nas universidades estaduais, 230 índios estão matriculados em 28 cursos de graduação.
Os mais procurados são Pedagogia, Letras, História, Educação Física, Direito e Medicina. Segundo o governo, na próxima edição do vestibular indígena vão ser disponibilizadas mais 52 vagas, sendo seis para cada universidade estadual e dez vagas na Universidade Federal do Paraná.