O Conselho Tutelar vai encaminhar um novo pedido ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) para que um bebê de seis meses seja abrigado em outro local, após a suspeita de ter sido espancado pelas pessoas que moravam junto com ele.

O bebê está internado desde está sexta-feira, 23, em estado grave no Hospital Regional de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, com várias fraturas no crânio.

A principal suspeita da Polícia é de que as lesões tenham sido causadas pelos próprios pais do menino. Ele estava desde ontem (quinta-feira, 22) à noite, no Hospital da Criança e aguardava por uma vaga em um centro de atendimento maior para realizar várias cirurgias.

Os pais levaram o bebê ao hospital dizendo que ele estava com gripe e mal estar. Após alguns exames, os médicos atestaram fraturas no crânio, fraturas na costela e uma mordida no braço. O bebê já tinha sido levado outras vezes ao mesmo hospital e os pais alegavam doenças contagiosas para explicar as entradas ao local. Ainda no dia 16 deste mês, o Ministério Público recebeu a denúncia do Conselho Tutelar de que o menino deu entrada no Hospital da Criança com poucas roupas, apesar do frio, um machucado na bochecha e falta de acompanhamento dos pais durante o internamento.

O promotor responsável pelo caso, que cobria um período de recesso do feriado de Corpus Christi, determinou cinco medidas de cuidado para o bebê e acompanhamento dos pais, mas não determinou uma medida de acolhimento, por entender que a decisão ainda era precipitada.

As equipes do MP que iriam fazer o monitoramento na casa da família não os encontraram no endereço informado no hospital. Ontem (quinta), os pais foram detidos pela Polícia Civil e encaminhados para o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes, o Nucria, de Ponta Grossa, para prestar depoimento.