A Copel Telecom não vai aderir às mudanças nas regras para os serviços de internet banda larga no país. No começo do ano, a Anatel criou novas diretrizes que permitem a adesão ao sistema de franquia de dados pelas empresas nas conexões fixas, como já acontece nos pacotes de internet móvel.

Na prática, isso significa que, ao ultrapassar determinada cota de dados, o cliente pode ter a velocidade reduzida ou mesmo cortada até o fim do mês, a não ser que pague mais por isso.

A medida virou motivo de preocupação e de discussão principalmente nas redes sociais. Várias páginas e vídeos têm sido compartilhados com explicações sobre como a alteração vai implicar na vida das pessoas.

Um dos pontos principais é a limitação do tráfego de dados. Isso quer dizer que, conforme o usuário assistir vídeos, filmes, receber ou ler e-mails, por exemplo, os dados vão ser consumidos e, atingindo o limite contratado, a internet desacelera ou para.

Na contramão disso, no entanto, a Copel Telecom garante que vai manter o serviço exatamente como está, e sem cobrar taxa extra. Quem explica é o diretor-presidente Adir Hannouche

Sob a bandeira da confiança do cliente na empresa, a decisão da Copel Telecom é baseada no fato de que a Anatel não obriga nenhuma empresa a adotar o novo sistema.

A agência sugere, permite, mas não determina. O diretor-presidente diz ainda que, diante dessas mudanças, a companhia está preparada caso a procura dos clientes aumente a partir de agora.

Historicamente, os planos de internet banda larga no Brasil sempre adotaram um formato de cobrança bastante simples: o cliente paga uma mensalidade fixa para usar a internet à vontade em uma velocidade pré-determinada.

Assim, arcando com os valores estabelecidos e tendo em mente a velocidade limitada, o consumidor tem a liberdade de navegar o quanto quiser e baixar quantos arquivos ele desejar. A mudança, no entanto, que pode ser adotada por várias empresas, elimina esse padrão e migra para o que hoje está disponível para os tablets e smartphones.