Dois presos teriam sido assassinados nesta quarta-feira, (11) de madrugada dentro da Penitenciária Estadual de Piraquara 1, na Região Metropolitana de Curitiba. Agentes penitenciários ouvidos pela reportagem acreditam que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital é a responsável pelas mortes.

O Departamento Penitenciário do Paraná confirmou que Filipe Castilho de Souza, de 23 anos, foi encontrado enforcado na cela em que estava alojado. O outro preso encontrado morto é Ademilson Verci Marcondes, de 35 anos. De acordo com o Depen, não foi possível determinar a causa da morte de Marcondes. Agentes penitenciários acreditam que ele foi envenenado ou forçado a ter uma overdose de algum tipo de droga. As mortes aconteceram em galerias distintas.

O Depen afirma que as duas celas foram isoladas e a polícia foi acionada. Uma perícia foi realizada e os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal para que seja realizado exame de necropsia. Um procedimento interno será aberto para apurar o caso, assim como inquérito policial.

A PEP 1 é uma penitenciária de segurança máxima, com capacidade para 723 presos condenados. A unidade tem 169 celas. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários, é nessa unidade que se concentra a maior parte dos presos membros do PCC, a maior facção criminosa do Brasil.

Em janeiro, 28 presos fugiram da penitenciária, quando um grupo de 15 pessoas armadas atirou contra uma das guaritas e explodiu com dinamites parte de um dos muros do presídio. Na ocasião, dois presos morreram baleados por policiais. Outros quatro foram recapturados e 22 continuam foragidos.

Na mesma unidade, uma semana depois da fuga, uma equipe de segurança encontrou um túnel de dez metros de extensão que ia até um muro externo da unidade.