Duque volta a admitir que era um dos beneficiários no esquema de corrupção na Petrobtras

 Duque volta a admitir que era um dos beneficiários no esquema de corrupção na Petrobtras

(Foto: Divulgação/Agência Brasil)

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Em depoimento prestado nesta quarta-feira (21) ao juiz Sérgio Moro, o ex-diretor da área de serviços da Petrobras, Renato Duque, voltou a admitir que era um dos beneficiários no esquema de corrupção da Petrobras. Ele prestou depoimento a pedido da defesa na ação que apura um desvio de mais de R$ 20 milhões nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras, o Cenpes.

Ao todo, 14 pessoas respondem a este processo pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Entre os réus estão, além de Duque, o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira e o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro.

Ao ser interrogado por Moro, Duque afirmou que não recebeu propina quando esse contrato foi firmado, mas foi beneficiado num acerto de contas com o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco.

Duque foi diretor da Área de Serviços da Petrobras entre 2003 e 2012. Ele ressaltou que durante todo esse período, a prática de recebimento de propina era institucionalizada no setor. Segundo ele, um por cento do valor de cada contrato firmado pela estatal com as empreiteiras era destinado ao pagamento de vantagens indevidas. Metade do valor era destinado ao Partido dos Trabalhadores e a outra parte era dividida entre Duque e Barusco.

O ex-diretor tenta negociar um acordo de delação premiada com a lava jato, mas como ainda está em tratativas, o depoimento foi prestado de forma espontânea, sem os benefícios da colaboração. Além de Duque, o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, também prestou depoimento nesta quarta-feira (21). Ambos já foram interrogados antes nesta mesma ação penal, mas na ocasião preferiram ficar calados.

Em alegações finais, o Ministério Público Federal pediu que os sete réus que respondem a este processo devolvam à Petrobras 41 milhões e trezentos mil reais. De acordo com o MPF, o valor corresponde ao dobro das propinas pagas pelos investigados em obras do Cenpes. Nas alegações, os procuradores da força-tarefa da Lava Jato destacam que os réus são abastados e que ultrapassaram linhas morais sem qualquer tipo de pressão de caráter corporal, social ou psicológico.

A denúncia envolve o Consórcio Novo Cenpes – formados pelas empreiteiras OAS, Construbase, Construcap, Schahin e Carioca Engenharia. As empresas teriam pago propinas para vencer a licitação das obras. Os valores movimentados por essa parte do esquema ultrapassam os R$ 20 milhões.

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