Ex-diretor da Secretaria da Educação do Paraná é preso em resultado da Operação Quadro Negro 

O ex-diretor da Secretaria da Educação do Paraná Mauricio Fanini foi preso na manha deste sábado (16) em decorrência da Operação Quadro Negro, que investiga um esquema de desvio de dinheiro da construção e reforma de escolas públicas para abastecer campanhas políticas no Paraná.

Fanini foi preso em casa, no bairro Cabral, pelo Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos contra a esposa do ex-diretor, que, assim como Fanini, também foi denunciada à Justiça na terceira fase da Operação. Os dois foram denunciados por lavagem de dinheiro.

Os policiais apreenderam computadores, documentos, objetos e celulares em Curitiba e Guaratuba, no litoral do estado. Segundo o portal G1, o advogado de Fanini e da esposa só vai se pronunciar quando tiver acesso aos autos do processo.

O ex-diretor da Secretaria de Educação já havia sido preso em 2015. A Operação Quadro Negro investiga um esquema que teria desviado pelo menos R$ 20 milhões de reais dos cofres públicos. A Construtora Valor é o principal alvo da Operação.

Na sexta-feira da semana passada, a delação premiada do dono da construtora, Eduardo Lopes de Souza, foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal. Isso significa que, agora, a Procuradoria Geral da República passa a realizar uma investigação com base nos fatos relatados por Eduardo Lopes de Souza.

Na delação, ele citou os nomes do governador Beto Richa (PDSB) e de outros políticos do estado que teriam participação em um esquema que desviava dinheiro de obras para escolas públicas por meio de propina estabelecida em contratos irregulares.

Segundo o Ministério Público, a empresa de Eduardo Lopes de Souza recebeu dinheiro para construir e reformar sete escolas, mas as obras não saíram do papel. Na delação premiada, o empresário afirmou que, do total de dinheiro desviado, pelo menos R$ 12 milhões foram usados para abastecer a campanha de Richa, em 2014.

O delator afirmou também que pagou propina ao secretário-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni; ao presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Ademar Traiano, ambos do PSDB; e ao primeiro-secretário da Alep, o deputado Plauto Miró, do Democratas.

O delator disse, ainda, que a empresa deu dinheiro para caixa dois na campanha do deputado estadual Tiago Amaral (PSB) – fato que teria sido agradecido pelo pai do deputado, o conselheiro Durval Amaral, presidente do Tribunal de Contas do Estado.

No acordo que firmou a delação premiada, o empresário se comprometeu a apresentar provas de tudo que disse e também a abrir mão de bens. Com isso, ele não será preso e utilizará uma tornozeleira eletrônica por dois anos. Todos os citados negam as acusações.

Sobre a homologação da delação, o governador Beto Richa se manifestou por meio de nota. Richa disse que defende o aprofundamento da investigação iniciada pelo Governo do Estado, para que todos os fatos sejam esclarecidos e que os culpados paguem por seus crimes e os prejuízos sejam ressarcidos. O PSDB também se manifestou por meio de nota.

O partido disse que não recebeu qualquer doação de  Eduardo Lopes de Souza ou da Construtora Valor e que  também não autorizou nenhuma pessoa, além dos integrantes do comitê financeiro, a fazer captação de recursos para campanhas eleitorais. Segundo a nota, o comitê financeiro da campanha de 2014 só recebeu doações respeitando a legislação vigente e teve suas contas aprovadas pela Justiça Eleitoral.

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