O ex-estagiário de Direito da Justiça Federal do Paraná de Londrina, no norte do Estado, que foi preso por acessar várias vezes o processo que investiga o traficante internacional Luiz Carlos Rocha, conhecido como “Cabeça Branca” foi solto depois de admitir a ilegalidade.

Ele utilizou uma senha restrita para acessar a ação referente à Operação Spectrum, que prendeu o criminoso no mês de julho. O jovem tinha proximidade com parentes do traficante. Ele foi detido temporariamente na segunda (20) e liberado ontem (quarta-feira, 22). De acordo com a PF, o ex-estagiário acessou apenas documentos com sigilo nível 1, não chegando aos mais restritos, como do nível 5, evitando riscos maiores à investigação.

O estudante confessou que repassou o login e a senha do sistema da Justiça Federal à namorada, que forneceu os dados aos irmãos dela, filhos do traficante. A corporação não acredita que o ex-estagiário tenha recebido dinheiro para fornecer as informações nem que ele tenha alguma ligação com a organização criminosa. No entanto, o caso continua sendo investigado.

O traficante “Cabeça Branca” foi responsável por movimentar um bilhão e duzentos milhões de reais com a venda de cocaína. Cerca de 5 toneladas da droga eram enviadas todos os meses para a Europa, Estados Unidos e África.