Ex-funcionários de Nelson Justos são condenados
Dezesseis ex-funcionários da Assembleia Legislativa do Paraná, ligados ao gabinete do presidente da Alep na época, Nelson Justos (DEM), foram condenados. A decisão da Juíza Luciana Fraiz Abrahão, da 5ª Vara Criminal de Curitiba, absolveu outros 14 acusados no caso que julga o pagamento de salários para funcionários fantasmas.
Eles são acusados pelos crimes de formação de quadrilha, peculato (desvio de dinheiro público) falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Juntas, as penas somam 195 anos de prisão.
Além dos 16 ex-funcionários, o ex-diretor da Assembleia Legislativa do Paraná, Abib Miguel, também foi condenado. Ele já cumpre pena pelo envolvimento em outro caso, que apura a extração de madeira em uma fazenda que estava bloqueada pela Justiça.
Desde 17 de novembro, Bibinho está detido no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na grande Curitiba. No processo relacionado aos funcionários de Justus, ele foi sentenciado a 1 ano e seis meses, em regime aberto, por falsidade ideológica. Ele está envolvido ainda em outra ação relacionada a uma mala de dinheiro.
Na primeira instância, o caso foi separado em quatro processos, divididos por níveis de atuação e por grupos familiares. Segundo o promotor Ricardo Kochinski, o Ministério Público deve recorrer das absolvições.
Kochinski destaca que, mesmo envolvendo 31 réus, o processo em primeira instância seguiu de forma objetiva, enquanto a ação criminal contra Justus ainda não tem previsão de um desfecho.
O caso foi divulgado em 2010, em uma série de reportagens do Jornal Gazeta do Povo e da RPC. Na época, os pagamentos de salários dos então funcionários de Nelson Justus levantaram suspeitas. O custo com servidores do gabinete do deputado chegou a R$ 1 milhão por mês – o setor registrou 180 funcionários, dez vezes mais do que o permitido. A reportagem da Band News não conseguiu contato com os advogados dos condenados.