Ex-governador Beto Richa e esposa Fernanda Richa são transferidos para sede da Cavalaria da PM

 Ex-governador Beto Richa e esposa Fernanda Richa são transferidos para sede da Cavalaria da PM

(Foto: Arnaldo Alves / ANPr.)

O ex-governador Beto Richa e a esposa dele, Fernanda Richa, foram transferidos para a sede da Cavalaria da PM, por ordem do desembargador Laertes Ferreira Gomes, do Tribunal de Justiça do Paraná. A justiça não acolheu o pedido liminar de habeas corpus, para revogar a prisão deles. O casal tinha sido levado para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, depois que foi alvo da operação Rádio Patrulha, deflagrada nesta terça-feira pelo Gaeco. A defesa alegou ‘constrangimento ilegal’ e tentou reverter a prisão.

Além de determinar a transferência, o desembargador cobrou informações quanto à situação processual de Beto Richa e da esposa, no prazo máximo de 48 horas. Durante a tarde, os presos passaram por uma audiência de custódia no Centro Judiciário de Curitiba. Os investigados têm direito de passar por esse tipo de audiência em que são ouvidos por um juiz para relatar eventuais ilegalidades durante a prisão.

Em tese, esse tipo de procedimento é feito apenas em situações de flagrante, no entanto, a Justiça do Paraná estende a medida também para prisão em decorrência de cumprimento de mandado. Ao final da audiência de custódia, por volta de seis horas da tarde, a advogada de defesa de Beto Richa, Antônia Lélia Neves Sanchez não respondeu aos questionamentos da imprensa e se limitou a dizer que as perguntas deveriam ser feitas ao juiz.

Pela manhã, logo depois da prisão, enquanto Beto Richa ainda prestava esclarecimentos na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, a advogada disse não saber ao certo qual o motivo do procedimento contra Beto e comentou como ele vem reagindo a essa prisão.

As prisões da operação Rádio Patrulha são temporárias, com validade de cinco dias. Ao todo, foram 15 mandados de prisão e três deles ainda não foram cumpridos. De acordo com o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, a Operação investiga o direcionamento de licitação, para beneficiar empresários, e o pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro, no programa Patrulha do Campo do governo estadual, no período de 2012 a 2014. No programa, o governo locava máquinas para manter as estradas rurais.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) considera que o ex-governador do estado Beto Richa (PSDB) e atual candidato ao Senado é chefe de uma organização criminosa que fraudou uma licitação de mais de R$ 70 milhões para manutenção de estradas rurais. Os promotores afirmam que o acordo com empresários beneficiados pela licitação previa o pagamento de 8% a agentes públicos, a título de propina, sobre o faturamento bruto.

Além de Beto e Fernanda Richa, ainda estão presos no Complexo Médico Penal, o irmão do ex-governador José Richa Filho, o ex-secretário de Estado Ezequias Moreira Rodrigues, o ex-Diretor Geral da Secretaria de Infraestrutura do DER Aldair Petry, o empresário Celso Frare e o contador Dirceu Pupo.

Reportagem: Cleverson Bravo/ Thaissa Martiniuk/ Ricardo Pereira

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