Ex-ministro José Dirceu é acusado pela terceira vez na Operação Lava Jato

 Ex-ministro José Dirceu é acusado pela terceira vez na Operação Lava Jato

O ex-ministro José Dirceu é acusado pela terceira vez desde que passou a ser investigado na Operação Lava Jato. Desta vez, o Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR) oferece denúncia contra o petista por lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, Dirceu cometeu 33 vezes este crime, com o objetivo de dissimular propinas de dois milhões e quatrocentos mil reais. Neste contexto, o ex-ministro teria recebido das empreiteiras UTC e Engevix, também investigadas na Lava Jato.

Ao todo, cinco pessoas são acusadas pelo Ministério Público Federal. Além do ex-ministro, podem responder a uma nova ação penal o irmão dele, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-executivo da Engevix Gerson de Mello Almada e o ex-executivo da UTC Walmir Pinheiro Santana. Todos já responderam ou respondem a processos da Lava Jato. Os procuradores oferecem a denúncia à Justiça Federal do Paraná e cabe ao juiz Sérgio Moro decidir se abre uma nova ação penal.

A denúncia não está acompanhada de um novo pedido de prisão e, nesta tarde, está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento de um habeas corpus de José Dirceu. O coordenador da força-tarefa Lava Jato no MPF do Paraná, procurador Deltan Dallagnol, considera a manutenção desta prisão fundamental para a investigação.

O procurador da República reconhece que o oferecimento da denúncia foi antecipado para que a data coincidisse com o julgamento do pedido de liberdade do ex-ministro no Supremo. O objetivo, segundo Dallagnol, é trazer “informações relevantes que podem ser, ou não, consideradas pelo STF”. O procurador explica que não foi realizado um novo pedido de prisão para evitar desgastes.

Na denúncia, o MPF aponta que José Dirceu usou parte da propina recebida das construtoras para custear a assessoria de imprensa e imagem durante o julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o procurador da República Júlio Carlos Motta Noronha, a assessoria cuidava para que a imagem de José Dirceu não fosse tão desgastava no período em que respondia como réu no STF.

José Dirceu está preso em Curitiba desde o mês de agosto de 2015. Ele foi detido na 17ª fase da Lava Jato – Operação Pixuleco. Até o momento o ex-ministro foi condenado em duas ações penais na primeira instância. Somadas, as penas ultrapassam os 32 anos de prisão.

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