Famílias de vítimas aguardam indenização por acidente com caminhão-tanque

Um mês após o acidente com um caminhão-tanque e doze carros, na BR 277, em Morretes, as famílias das vítimas ainda lutam para receber a indenização.

De acordo com familiares das pessoas mortas no acidente causado pelo caminhão na descida da serra, a seguradora responsável pelo pagamento das indenizações tem criado empecilhos, ao exigir documentos que foram perdidos em meio as chamas que destruíram os carros. Robson Novakoski é irmão de Ana Carolina Novakoski, de 43 anos, uma das vítimas do acidente.

De acordo com ele, as famílias são orientadas a ligar para um telefone 0800 para concluir o processo de indenização. No entanto, o atendente não tem conhecimento do acidente e diz que, sem a cópia dos documentos – que foram perdidos no fogo, não pode solicitar o pagamento.

A Bradesco Seguros informou, por meio de nota, que “em conformidade com o contrato estabelecido com a empresa segurada, os pedidos de indenizações encaminhados à Seguradora com base na referida apólice estão sendo devidamente providenciados”. O acidente está sob investigação da delegacia de Morretes e a conclusão do inquérito deve ser prorrogada por mais um mês. De acordo com o delegado do município, Antônio dos Santos, a prorrogação é necessária já que faltam documentos e também a conclusão do laudo do Instituto de Criminalística para dar andamento a investigação.

Além dos seis mortos, o acidente deixou várias pessoas feridas. O caminhão, que transportava 44 mil litros de álcool, tombou em uma curva, deu início a um grande incêndio e, em seguida, explodiu. O motorista, de 43 anos, foi preso e, depois de prestar depoimento e pagar fiança, foi liberado.

Ele deve responder pelo crime de homicídio doloso, com dolo eventual – quando se assume o risco de matar. Ele declarou à polícia que, antes da colisão, uma luz se acendeu no painel do veículo, indicando um problema de freios. Mesmo assim, decidiu seguir viagem.

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