Fim da greve nas universidades estaduais deve ser discutido na próxima semana

greve_uel_deflagraOs recursos de custeio das universidades estaduais do Paraná devem começar a ser liberados nesta quarta-feira (25). A informação foi confirmada pelo governo do estado, depois de uma reunião realizada ontem (terça, 24) entre o governador Beto Richa (PSDB) e os reitores das instituições, no Palácio Iguaçu. No encontro, o governo se comprometeu a fazer o repasse das verbas para as universidades, – aquelas usadas para o pagamento de água, luz e a compra de materiais, por exemplo. Além disso, o Executivo se comprometeu a pagar o terço de férias de servidores e professores – atrasado desde dezembro – até o fim do março. Mesmo assim, a greve das universidades, que começou durante o carnaval, deve continuar, pelo menos, até a próxima semana. É o que garante a professora Francis Mary Nogueira, vice-presidente do Sinteoeste, o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos do Ensino Superior do Oeste paranaense.

A expectativa é de que o governo se reúna com representantes do Fórum das Entidades Sindicais, que representa 16 sindicatos, na próxima semana. Somente a partir daí, conforme a professora, é que o fim da greve das universidades pode se tornar uma possibilidade real.

Entre os principais avanços da reunião de ontem estava o decreto assinado pelo governador que dá início à implantação Autonomia Universitária. A medida era um pedido antigo de algumas universidades estaduais e já é praticada em estados como São Paulo, na USP. A partir dela, cada instituição pode fazer a gestão independente dos recursos que recebe do governo. Segundo o reitor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unioeste) e presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Público (Apiesp), Aldo Bona, a autonomia não é unanimidade, mas, se bem discutida, pode melhorar a manutenção das universidades.

Para a vice-presidente do Sinteoeste, no entanto, a iniciativa pode representar um fracasso para as instituições paranaenses.

Para tentar implantar o sistema de Autonomia Universitária no Paraná, o governo decretou a criação de um grupo de estudos composto por representantes das Secretarias da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; da Fazenda e das universidades. A comissão terá 120 dias para concluir os pareceres. Com base neles, o Executivo vai formular e encaminhar o projeto de lei para aprovação na Assembleia Legislativa. Quanto aos problemas financeiros que motivaram a greve das universidades, o secretário de Ciência e Tecnologia, João Carlos Gomes, garantiu que, após serem suspensas no último dia 13, as verbas de custeio vão ser pagas pelo governo. Hoje, todas as instituições devem informar o valor necessário para iniciar o ano letivo. O governo não quis revelar quanto deverá ser depositado na conta das universidades, mas garantiu que a verba deve ser a necessária para manter as instituições por quatro meses.

A expectativa do Executivo é de que a greve seja encerrada em breve. No entanto, a decisão deve ser tomada em assembleia das categorias que compõem as universidades, como a de professores e servidores, por exemplo. Ainda não há consenso, no entanto, de que a paralisação será, de fato, encarrada, e nem de quando isso pode acontecer.

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