Floricultura teria sido usada como fachada para ocultar valores ilícitos oriundos de tarifas de pedágio

 Floricultura teria sido usada como fachada para ocultar valores ilícitos oriundos de tarifas de pedágio

( Reprodução/ Google Street View)

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Uma pequena floricultura que fica no centro de Londrina, no norte do Estado, recebeu cerca de R$ 6 milhões e meio de reais da empresa de engenharia Rio Tibagi, ligada ao Grupo Triunfo, investigada na 48ª fase da Lava Jato. Um dos sócios da floricultura, Leonardo Guerra, foi preso nesta etapa.

Ele é também o principal administrador da Rio Tibagi. O Ministério Público Federal suspeita que o montante é o resultado de depósitos ilícitos decorrentes do esquema de desvio de recursos da concessionária Econorte. Nesta fase da Lava Jato, são apurados os crimes de corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro na concessão de rodovias federais no Paraná.

Segundo as investigações, a concessionária Econorte realizava pagamentos indevidos a agentes públicos e, em contrapartida, era favorecida em contratos e termos aditivos, o que possibilitava também o aumento das tarifas de pedágio. A floricultura se chama Guerra e Rosa e foi construída em 2006.

Os depósitos teriam sido feitos entre os anos de 2011 e 2013. Para o MPF os pagamentos não parecem ser compatíveis com a estrutura da pequena floricultura que não teve mais do que dois funcionários entre 2008 e 2013.

A loja é especialista em buquês de noivas, mas nenhuma flor está exposta na vitrine. Segundo a Receita Federal, com os recursos ilícitos o sócio Leonardo Guerra teria adquirido 40 imóveis em Londrina, além de destinar parte do dinheiro para custear despesas pessoais e da família.

Para a força-tarefa da Lava Jato, os depósitos eram realizados pela Rio Tibagi que utilizava empresas de fachada que prestariam falsos serviços para acobertar o dinheiro desviado das tarifas de pedágio. Em documento anexado pelo MPF aos autos da 48ª fase da Lava Jato os procuradores ressaltam que as empresas de fachada emitiam notas referentes as transações inexistentes de modo a esconder a retirada ilegal de valores da Rio Tibagi.

Esses estabelecimentos nunca registraram os empregados e os objetos sociais não tem nenhuma ligação com a conservação de rodovias, como no caso da floricultura.

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