Francischini diz lamentar resultado de confronto em protesto de professores
O secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, diz lamentar os fatos ocorridos na última quarta-feira, durante o protesto de professores e que resultaram em mais de duzentas pessoas feridas. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, o secretário falou pela primeira vez desde o confronto. Com vídeos e fotografias obtidas pelo setor de Inteligência da secretaria, a equipe do governo estadual mostrou pessoas infiltradas no protesto dos servidores manipulando supostas bombas de cal, juntando pedras e arremessando artefatos contra a polícia. Além disso, há registros também de convocações pela internet para o embate, pelo menos um dia antes da votação do projeto que altera a ParanaPrevidência. Mesmo com todo o serviço de levantamento de informações, Francischini disse que não foi possível realizar um trabalho preventivo.
As imagens obtidas mostram um pequeno grupo arrancando as grades de proteção e dando início ao tumulto. O secretário disse que há um procedimento de investigação para saber se houve excessos por parte da PM, mas preferiu não responder sobre a proporcionalidade no revide dos policiais. Ele conversou com Ricardo Pereira.
Francischini também respondeu às críticas do deputado federal Valdir Rossoni, presidente estadual do PSDB. Em nota, o deputado pediu que o governador Beto Richa exonere os responsáveis pela ação da PM. O secretário desabafou e disse que precisa se acostumar com as críticas.
O secretário também voltou a lembrar que 20 policiais ficaram feridos. Além disso, dos 13 presos na quarta-feira, pelo menos sete seriam ligados a grupos radicais, segundo Francischini. Sobre a reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, para a qual ele foi convidado, Fernando Francischini desconversou e não respondeu se vai participar.