Com apoio de 21 deputados estaduais de diversos partidos deve ser lançada oficialmente no próximo dia 16 de maio a Frente Parlamentar contra Renovação dos Contratos de Pedágio no Paraná. O documento com a requisição foi entregue nesta semana ao presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano, do PSDB. A frente destaca que o objetivo é “acompanhar e defender o cumprimento dos investimentos e compromissos assumidos pelas concessionárias de pedágio e contra a renovação dos atuais contratos”. O deputado Ademir Bier, do PMDB, organizador da frente, afirma que o grupo tende a aumentar.

O deputado líder do governo na Assembleia, Luiz Claudio Romanelli, do PSB, afirma que pessoalmente é contra a renovação dos contratos de pedágio. O governo, segundo ele, ainda não se posicionou oficialmente.

A Frente Parlamentar é suprapartidária, com membros da base do governo, da oposição e do bloco independente. Os atuais contratos do pedágio do Anel da Integração do Paraná vencem em 2021. No total, são 24 anos de concessão, pois as rodovias foram privatizadas em 1997, pelo governo de Jaime Lerner. Os deputados argumentam que em 2017 as concessionárias vão completar 20 anos de exploração das rodovias, período em que atrasaram a execução de diversas obras de duplicação, viadutos, pontes, trevos de acessos e outras melhorias.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) destaca que “toda a tratativa é conduzida e coordenada pelo governo federal, responsável em avalizar qualquer alteração de prazo ou renovação dos contratos dos pedágios. O DER reforça que o Governo do Paraná defende apenas a prorrogação da delegação da concessão, que permitiria ao Estado decidir se quer prorrogar ou fazer nova licitação. O Estado só aceita discutir a renovação dos contratos caso haja uma redução tarifária significativa, a inclusão de novas obras e também o fim dos passivos judiciais.” A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias ainda não se manifestou sobre o assunto.