Gleisi defende Paulo Bernardo e critica Operação Custo Brasil

A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, usou a tribuna do Senado hoje (segunda) para comentar a prisão do marido, ex-ministro Paulo Bernardo, durante a Operação Custo Brasil na semana passada. Quatro dias depois da operação, Gleisi disse que a ação dos policiais federais na casa dela para cumprir mandados de busca e apreensão teve “a clara intenção de constranger”.

Para a petista, o pedido de prisão contra Paulo Bernardo “manchou de modo injusto e irrevogável” a vida pública do casal. Segundo ela, Paulo Bernardo não cometeu nenhum crime. Gleisi disse que o marido sabe que ela nunca perdoaria um crime de corrupção.

A senadora também disse que a operação cinematográfica teve o objetivo de influenciar no Senado no processo que tenta barrar o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Ex-ministro do Planejamento e das Comunicações, Paulo Bernardo é suspeito de ter se beneficiado da contratação da empresa Consist Software, que teria repassado 70% do faturamento ao PT e para políticos.

Segundo advogados de Paulo Bernardo, por meio de nota enviada ontem (segunda) à tarde, o depoimento do advogado Guilherme Gonçalves, preso no domingo, deixa claro que o ex-ministro “não se beneficiou de maneira alguma dos valores que foram recebidos da Consist”. Ficou clara a origem dos pagamentos recebidos por Guilherme Gonçalves e o destino dado por ele a esses valores, sem qualquer envolvimento de Paulo Bernardo.

Segundo a nota, o magistrado, após ouvir os esclarecimentos de Guilherme Gonçalves, informou que analisará novamente se ainda vislumbra justificativa para manter a prisão de Paulo Bernardo.

A investigação da Operação Custo Brasil, em São Paulo, teve origem na 18.ª fase da Lava Jato, chamada de Operação Pixuleco 2. O direcionamento da contratação da empresa Consist por instituições financeiras para gerenciar créditos consignados está no centro das investigações. A delação do ex-vereador de Americana, em São Paulo, Alexandre Romano, que era do PT, serviu para aprofundar as investigações iniciadas na Lava Jato e depois remetidas a São Paulo por decisão do Supremo Tribunal Federal.

Nota na íntegra:

“O depoimento prestado pelo Sr. Guilherme Gonçalves na data de hoje deixa claro que Paulo Bernardo não se beneficiou de maneira alguma dos valores que foram recebidos da Consist. Ficaram claras a origem dos pagamentos recebidos pelo Sr. Guilherme Gonçalves e o destino por ele dado a esses valores, sem qualquer envolvimento de Paulo Bernardo.
Com isso, ficou comprovado, de maneira ainda mais evidente, que não há razões que justifiquem a prisão preventiva de Paulo Bernardo, já que, além de ausentes os requisitos técnicos da medida extrema, também não há qualquer indício de autoria com relação a ele. O magistrado, após ouvir os esclarecimentos do Sr. Guilherme Gonçalves, informou que analisará novamente se ainda vislumbra justificativa para manter a prisão de Paulo Bernardo.

Rodrigo Mudrovitsch, Juliano Breda e Verônica Sterman.”

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