Uma comitiva de políticos paranaenses se reuniu quarta (01) com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para discutir os impactos da venda do HSBC. Como a sede do banco fica no Paraná, o estado é o que mais deve ser afetado na negociação da empresa. O grupo que foi a Brasília foi liderado pela vice-prefeita e secretária do Trabalho e Emprego de Curitiba, Miriam Gonçalves, e também contou com a senadora Gleisi Hoffmann e o deputado federal João Arruda, além de dirigentes sindicais. A preocupação da comitiva é, principalmente, com relação às dívidas trabalhistas que devem ser contraídas pelo HSBC em caso de demissão em massa de funcionários. Estimativas do grupo mostram que o governo federal pode ter que desembolsar quase R$ 40 milhões de reais em seguro-desemprego aos sete mil bancários do estado, se as dispensas forem confirmadas. Se considerados os 22 mil trabalhadores do HSBC em todo o país, os valores chegam a R$ 122 milhões. A secretária do Trabalho e Emprego de Curitiba, Miriam Gonçalves, levou uma carta com os principais impactos da venda do HSBC no encontro com o presidente do Banco Central. Ela explica que Curitiba pode ter um prejuízo milionário, principalmente na arrecadação de impostos.

De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, o HSBC tem sete mil funcionários no Paraná – cinco mil e 500 só em Curitiba. Para Miriam Gonçalves, ainda que a negociação do banco seja privada, o estado precisa garantir medidas de proteção aos trabalhadores.

No começo de junho, o HSBC anunciou a venda de unidades e o encerramento de quase todas as atividades no Brasil e na Turquia até o fim do ano que vem. De acordo com o banco, as medidas vão gerar economia até 5 bilhões de dólares até 2017 e permitir o foco da empresa no mercado asiático. O HSBC tem 853 agências espalhadas em 531 municípios do país.