O Hospital Erasto Gaertner – referência no tratamento de pacientes com câncer, pode deixar de receber um robô cirurgião, por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon). Isso porque o hospital precisa alcançar até amanhã (terça, 31) a meta de 60% de captação de recursos para a implantação do sistema cirúrgico robótico, por meio de um projeto de incentivo fiscal com abatimento no Imposto de Renda. O restante vem por contrapartida do governo federal. O potencial de captação do hospital, aprovado pelo Ministério da Saúde, é de R$ 15,6 milhões e até agora cerca de 45% da meta foi cumprido. O equipamento tem um custo de 3 milhões de dólares e deve ampliar a oferta de cirurgias com maior agilidade e comodidade. O superintendente do Erasto Gaertner, Adriano Lago, explica que, entre os benefícios, estão a agilidade no procedimento e uma grande melhoria no pós-operatório. Para um prazo de dois anos, o objetivo é realizar 500 cirurgias com o robô.

A Comissão de Saúde da Câmara Municipal tenta intermediar uma solução para evitar que o município perca a chance de receber esse equipamento inédito no Paraná. A presidente da comissão, vereadora Noêmia Rocha (PMDB), sugere que a prefeitura colabore com o hospital, mas espera que o governo federal possa prorrogar o prazo para que seja possível atingir a meta de 60%.

Por enquanto, a prefeitura ainda não se manifestou. No ano passado, o hospital Erasto Gaertner fez mais de 300 mil atendimentos e sete mil cirurgias. O projeto robótico deve atender pacientes do SUS, sendo mais da metade adultos entre 19 e 59 anos. Idosos representam 42% do público atendido, e crianças e adolescentes são 2% do total. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 3218-3300 ou 0800-643-4888.