HSBC é condenado a pagar R$ 2 milhões por espionar funcionários no Paraná

O Banco HSBC foi condenado pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) a pagar R$ 2 milhões por ter espionado empregados que estavam afastados por problemas de saúde. Documentos comprovaram que, entre 1999 e 2003, o HSBC contratou uma empresa de inteligência empresarial para vigiar os empregados em casa e segui-los pela cidade. A empresa investigava eventuais atividades dos trabalhadores durante o período de afastamento determinado pelo INSS.

O banco já havia sido condenado em fevereiro deste ano a pagar uma indenização de R$ 67,5 milhões. Mas recorreu pedindo que a indenização fosse limitada a R$ 100 mil. O HSBC argumentou que as investigações foram legítimas porque naquele período havia relatórios do Tribunal de Contas da União informando sobre fraudes no sistema previdenciário.

Mas a 6.ª Turma do TRT do Paraná decidiu por unanimidade manter a condenação. Apenas reduziu o valor para R$ 2 milhões. Os desembargadores consideraram que o motivo alegado pelo banco não justificava investigar a vida privada de quase todos os empregados afastados por doença na época.

Os investigadores contratados pelo HSBC se passavam por entregadores de flores, entrevistadores e pesquisadores para filmar, sem autorização, o interior das casas dos funcionários e todos os moradores que estivessem nela, inclusive crianças. Um dos funcionários relatou no processo que teve o lixo vasculhado. A empresa Centro de Inteligência Empresarial, contratada pelo banco, ainda verificava informações como antecedentes criminais, restrições financeiras, ajuizamento de ações trabalhistas e participação em sociedades comerciais.

Segundo o TRT, os R$ 2 milhões devem ser revertidos a instituições sociais: R$1,5 milhão para o Hospital Evangélico de Curitiba e R$ 500 mil para o Pequeno Cotolengo Paranaense.

O banco ainda pode recorrer da decisão. Por email, o HSBC informou que não vai comentar o caso.

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