Iniciativa em prol de migrantes e refugiados estrangeiros bate a marca de 1,5 mil pessoas atendidas
Não é fácil deixar a terra onde se nasce, isso é fato. Mas em Curitiba, há uma iniciativa que ao menos tenta amenizar as dificuldades que milhares de refugiados e migrantes enfrentam na busca por um recomeço.
Faz cinco anos que o programa Política Migratória e Universidade Brasileira (PMUB) surgiu. Idealizada e conduzida pela Universidade Federal do Paraná, a iniciativa conta com professores, pesquisadores e alunos da instituição e já atendeu mais de 1,6 mil pessoas que aos poucos, vão recuperando a capacidade de sonhar.
A fala é da arquiteta Lusia Loxsa. Ela é síria e chegou ao Brasil em 2013 com a família do marido, fugindo dos horrores da guerra, depois de perder amigos e de ver a universidade onde estudava ser destruída em um bombardeio. A situação no país, segundo ela, era e continua insustentável.
Por meio do programa, ela não só aprendeu a língua portuguesa que era totalmente desconhecida até então como ainda conseguiu concluir o curso na UFPR no ano passado.
Tatiana Friedrich é vice-coordenadora do programa e explica que o programa reúne, ao todo, cinco projetos de extensão.
São diferentes propostas que, além do curso de português brasileiro para migração humanitária, incluem apoio jurídico, administrativo, psicológico e até oficinas de história do Brasil.
Para ela, por ofertar todas essas possibilidades, a universidade acaba se tornando um espaço de referência de acolhimento e de integração local com ações duradouras.
Entre os grupos atendidos pelo programa da UFPR estão refugiados do Haiti, da Síria, da República Democrática do Congo, Venezuela, Nigéria, Benin e Angola.