O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, informou nesta sexta-feira (24) que a empresa JD Assessoria e Consultoria está com as atividades encerradas. O negócio que Dirceu tinha junto com o irmão, Luiz Eduardo de Oliveira, é investigado pela operação Lava Jato. De acordo com documento encaminhado pelos advogados do ex-ministro ao Juiz Federal Sérgio Moro, a empresa está inoperante desde dezembro do ano passado. As investigações apontaram que a JD recebeu quatro milhões de reais de empreiteiras denunciadas no esquema de corrupção da Petrobras. Os recursos teriam vindo das construtoras OAS, UTC e Galvão Engenharia. Em janeiro deste ano, a Justiça Federal determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-ministro da Casa Civil, do irmão e da empresa. Com isso, os investigadores pretendiam descobrir se os pagamentos feitos à JD Consultoria foram para propinas, como acontecia com empresas de fachada comandadas pelo doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras. No documento, a defesa de Dirceu informou que todos os funcionários foram demitidos, com a exceção de um, por razões de preservação de direitos trabalhistas. Além disso, os advogados esclareceram que a empresa não tem mais créditos a receber. O ex-ministro da Casa Civil ainda se colocou à disposição da Justiça para outros esclarecimentos, no entanto, pediu que os depoimentos sejam marcados e avisados com antecedência. Dirceu foi condenado pelo mensalão e cumpre pena em regime aberto no Distrito Federal. Para deixar a cidade precisa de autorização expressa do juiz federal. Entre os anos de 2006 e 2012, a JD Consultoria faturou quase 30 milhões de reais em serviços pagos por mais de 50 empresas.