O júri popular do ex-deputado Luís Fernando Ribas Carli Filho deve ocorrer ainda neste primeiro semestre, já que o Superior Tribunal de Justiça negou hoje (quinta) mais um recurso da defesa do ex-parlamentar. No fim da tarde, a sexta turma do STJ rejeitou a alegação de que o acidente de 2009 teria sido sem a intenção de matar. Agora, a decisão será encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, que deve derrubar a liminar do ministro Ricardo Lewandorwski, que suspendeu o júri marcado para os dias 21 e 22 de janeiro. Com isso, o advogado que defende a família de uma das vítimas, Elias Mattar Assad, espera que a liminar seja derrubada ainda neste primeiro semestre.

Ainda hoje (quinta), o advogado Elias Mattar Assad publicou uma carta aberta ao ministro, nas redes sociais, com as alegações para que a liminar seja derrubada.

A defesa de Carli Filho defende que ele responda por homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar. Até agora, ele é acusado de duplo homicídio com dolo (dólo) eventual, quando não há intenção, mas se assume o risco. O acidente com o ex-deputado Carli Filho aconteceu em maio de 2009 e terminou com dois jovens mortos. O ex-deputado estava embriagado e dirigindo com carteira suspensa por excesso de multas. A perícia apontou que o carro dele trafegava a mais de 160 km por hora.