Justiça autoriza perícia particular no apartamento onde morava a advogada Tatiane Spitzner

 Justiça autoriza perícia particular no apartamento onde morava a advogada Tatiane Spitzner

(Foto: reprodução/Fcaebook)

Uma perícia particular será realizada no apartamento onde morava a advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, e o marido, Luis Felipe Manvailer, de 32, acusado da morte da esposa. A juíza responsável pelo caso, Paola Gonçalves Mancini, autorizou um perito contratado pela assistência de acusação a realizar análises prévias no imóvel, em um prédio em Guarapuava, na região central do Paraná.

Tatiane morreu no dia 22 de julho, na queda da sacada do quarto andar do edifício. Manvailer, que nega ser o autor, é acusado dos crimes de homicídio qualificado – no caso caracterizado como feminicídio –, cárcere privado e fraude processual. Antes da queda, Tatiane foi agredida pelo marido diversas vezes, a maior parte registrada por câmeras instaladas nos corredores, garagem e elevador do prédio. Paola Mancini também autoriza a família da advogada a entrar no apartamento para retirar pertences pessoais de Tatiane Spitzner. A juíza determina apenas que sejam mantidos todos os móveis e objetos da sala e sacada, onde ocorreram os fatos que estão sendo apurados no processo.

O ingresso dos familiares e do perito deve ser acompanhado por um agente policial. Réu no processo, o biólogo e professor universitário Luís Felipe Manvailer teria dito não se lembrar do que ocorreu no dia da morte da esposa. Por solicitação do Ministério Público, um documento assinado por um médico psiquiatra, mantido em sigilo no processo, informa que Manvailer teria dito que “acha” que Tatiane pulou da sacada do apartamento onde moravam. A defesa do professor contesta a validade do documento, que classifica como uma prova ilícita. Os advogados dizem que o conteúdo desrespeita a relação de confidencialidade entre paciente e médico e não se restringe a um diagnóstico clínico, como deveria supor uma avaliação médica.

Outro laudo, feito por peritos, aponta que Tatiane tinha marcas de esganadura e que teria sofrido uma asfixia. O marido da advogada é acusado de ter impedido que a esposa se afastasse e ter alterado a cena do crime, tentando limpar vestígios de sangue e levando o corpo de Tatiane para dentro do apartamento depois da queda. Manvailer foi preso depois de bater o carro em que estaria fugindo para o Paraguai, segundo a investigação.

A defesa pede que Manvailer seja transferido da Penitenciária Industrial de Guarapuava para o Complexo Médico-Penal em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Os advogados alegam que o acusado teria tentado suicídio e estaria precisando de acompanhamento psiquiátrico.

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