Justiça decreta sequestro de apartamento de luxo de Maurício Fanini

A Justiça decretou o sequestro de um apartamento de luxo que pertence ao ex-diretor da Secretaria de Estado da Educação Maurício Fanini e à esposa dele, a fonoaudióloga Betina Moreschi. O imóvel, comprado em 2013 por pouco mais de R$ 1 milhão, tem mais de 224 m2 e fica no bairro Cabral, em Curitiba. O pedido de sequestro foi feito pelo Ministério Público do Paraná, na semana passada. O objetivo é garantir eventual ressarcimento aos cofres públicos em caso de condenação. O coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, não descarta que o MP solicite o sequestro de outros bens do casal.

Entre outras coisas, o MP argumenta que o apartamento, inicialmente com financiamento para 30 anos, foi quitado em apenas dois anos, com dois pagamentos feitos por meio da Perfil Luz Representação Comercial, empresa de propriedade do casal. O primeiro, de R$ 300 mil, e o segundo, de pouco mais de R$ 340 mil, apenas uma semana depois. Para os promotores, não restam dúvidas de que a liquidação da dívida se deu com dinheiro ilícito.

Além disso, em 2015  quando as investigações da Operação Quadro Negro já estavam em andamento e logo após Fanini ser exonerado do cargo no governo do Estado, numa tentativa de evitar a localização da titularidade do imóvel, o casal doou o bem aos dois filhos com valor atribuído de apenas R$ 40 mil, para o MP, isso caracteriza a dissimulação de bens.

O casal também responde por corrupção passiva, fraude à execução e organização criminosa. Betina não foi presa como o marido, mas está com o passaporte retido e proibida de deixar a cidade.

Consta ainda no processo que os dois receberam entre R$ 2,3 milhões e R$ 3 milhões em depósitos suspeitos em uma conta conjunta entre 2013 e 2015, renda incompatível com o que era declarada ao fisco.

Fanini está preso por envolvimento no esquema de desvio de recursos públicos destinados à construção e reformas de escolas no Paraná. Ele já havia sido preso temporariamente em 2015, quando a Operação Quadro Negro foi deflagrada, e respondia ao processo em liberdade.

Nesta denúncia, o MP afirma também que o ex-diretor e a esposa chegaram a gastar R$ 76 mil com cartão de crédito em um único mês – o que a Promotoria chama de “notório descompasso com o patrimônio declarado”. As despesas foram com viagens e lojas de artigos de luxo no exterior.

Em uma joalheria mundialmente famosa o casal gastou mais de R$ 24 mil ao longo de 2014. Outros R$ 20 mil foram para compras em uma loja de roupas, bolsas e malas de luxo, e há ainda despesas de mais de R$ 18 mil em relojoarias.

A investigação aponta que Maurício Fanini era o chefe do setor que produzia os laudos fraudulentos sobre o andamento de obras nas escolas estaduais. Sob a gestão dele, a Construtora Valor recebeu mais de R$ 20 milhões por serviços que, na maior parte dos casos, mal saíram do papel.

 

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