Pelo menos 70% da frota de ônibus da Rede Integrada de Transporte de Curitiba e região deve circular nos horários de pico durante a greve dos motoristas e cobradores marcada para começar nesta segunda (26). A determinação é do desembargador Benedito Xavier da Silva, do Tribunal Regional do Trabalho, e foi divulgada na noite deste sábado (24). Omagistrado deferiu o pedido feito pela Urbs para garantir uma quantidade mínima de coletivos em circulação durante a paralisação.

Segundo a decisão, o Sindimoc, que representa a categoria, deve cumprir o percentual entre as 5h e as 9h horas e das 17h às 20h. Nos demais períodos do dia, a frota deve ser de, no mínimo, 50%.

Ainda conforme o despacho, os coletivos devem funcionar com equipes completas, ou seja, com motoristas e cobradores. Os percentuais estabelecidos também se estendem ao trabalho nas estações-tubo.

A multa, em caso de descumprimento, é de R$ 50 mil e, se for aplicada, vai ser revertida ao FAT, o Fundo de Amparo ao Trabalhador. Na última sexta-feira (23), o presidente da Urbs, Roberto Gregório, disse que a culpa pela greve é do governo do estado. As empresas cobram repasses atrasados do poder público para quitar os salários dos trabalhadores.

De acordo com a Urbs, a Comec deve, pelo menos, 16 milhões e meio de reais que deveriam ter sido repassados no fim do ano passado.

Gregório também voltou a falar que a rede integrada só vai se sustentar se o governo do estado assumir o transporte metropolitano.

A greve, por tempo indeterminado, está programada para começar à meia noite desta segunda. A partir das 6h, a Urbs vai credenciar vans comerciais e outros tipos de veículos para atuar como transporte alternativo e atender a demanda. Além disso, cerca de 200 carros oficiais da prefeitura também vão ser disponibilizados, de graça, aos usuários do transporte coletivo.

Na próxima terça-feira (27), uma reunião entre o Sindimoc, a Urbs e a Comec deve ser realizada para discutir os rumos do dissídio da categoria.