Justiça determina que família de copeira morta por policial receba pensão
A família da copeira Rosaira Miranda da Silva, baleada na cabeça em dezembro de 2016, deverá receber pensão da policial civil Kátia das Graças Belo, responsável por efetuar o disparo.
A Justiça determinou que a ré e o Estado do Paraná paguem, todos os meses, ao marido e filho da vítima, um salário mínimo. A advogada Caroline Salmen explica que houve a necessidade de entrar com uma ação de indenização por danos morais e materiais na tentativa de minimizar os problemas financeiros da família.
A advogada conta que Rosaira Miranda da Silva contribuía com mais de 50% para as despesas do lar.
De acordo com a Justiça, o Estado é corréu na ação, uma vez que Kátia é agente pública e teria demonstrado que não tinha preparo para o exercício da função de segurança pública.
A decisão é do juiz Vinicius Pires de Camargo Oliveira, que considerou que o salário de Rosaira era essencial nas despesas mensais da família. A copeira recebia, mensalmente, R$ 1.400. De acordo com a advogada Carolina Salmen, o marido da copeira, recebeu a notícia com alívio.
O juiz determinou ainda que a pensão deve ser paga para o menor até os 25 anos de idade e para o marido da copeira até que complete 75 anos, porque entende-se que é a média da expectativa de vida do brasileiro. A pena, em caso de descumprimento da decisão, é de multa de R$ 500 por dia.
Rosaira participava de uma confraternização em uma lanchonete no Centro Cívico, em Curitiba, a alguns metros da casa da policial. Kátia teria se irritado com o barulho e então disparou em direção ao local da festa. O tiro atingiu a cabeça da vítima, que foi hospitalizada e morreu após ficar sete dias internada.