Justiça determina que professores voltem imediatamente ao trabalho
O Tribunal de Justiça do Paraná determinou o retorno imediato dos professores da rede estadual às aulas. A decisão é da tarde de quarta (4) e em caso de descumprimento a multa diária é de vinte mil reais para o sindicato dos trabalhadores. No entendimento do desembargador Luiz Mateus de Lima, o governo do Estado atendeu muitas reivindicações dos professores e com a continuidade da greve, o calendário dos alunos será ainda mais prejudicado. A decisão do TJ também impede que a categoria bloqueie acessos às dependências de órgãos públicos estaduais e comprometa o trabalho de outros servidores. O uso da força foi autorizado pelo TJ. A APP Sindicato tem 24 horas para informar os professores sobre a decisão, caso contrário os dirigentes podem ser penalizados. A APP informa que ainda não foi notificada e que deve recorrer da decisão. O secretário-chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, falou à tarde em entrevista coletiva concedida no Palácio Iguaçu. O secretário admitiu que as escolas não estão completamente prontas para o ano letivo, mas atribui o despreparo à ação dos grevistas.
Sciarra também disse que a continuidade da paralisação deve interferir até o fim do ano letivo, com a possibilidade de reposições nas férias de julho e dezembro. O secretário voltou a afirmar que as tratativas do governo com a categoria estão encerradas e que todos os pontos principais da pauta de reivindicações dos professores foram atendidos pelo governo.
Em assembleia realizada quarta (4) de manhã, na Vila Capanema, mais de 15 mil professores decidiram pela manutenção da paralisação que já dura 24 dias. A greve adia o início do ano letivo de mais de 950 mil alunos da rede pública estadual.