Justiça e PF negam visita de governadores ao ex-presidente Lula
A Justiça e a Polícia Federal não autorizaram que políticos visitassem o ex-presidente Lula, nesta terça-feira (10), na superintendência da PF, aqui em Curitiba. Ao todo, nove governadores, três senadores e dois dirigentes do PT foram impedidos de encontrar Lula durante a tarde.
O pedido de autorização judicial de visita ao ex-presidente foi apresentado pelo senador Roberto Requião, do MDB do Paraná. Ao apreciar a solicitação do parlamentar, a Juíza Federal Substituta Carolina Lebbos afirmou que não havia fundamento ‘para a flexibilização do regime geral de visitas próprio à carceragem da Polícia Federal’.
O dia estabelecido para entrada de visitantes na carceragem da unidade é quarta-feira. O senador lamentou a decisão.
Apesar do protesto do senador, a ação que poderia rediscutir a prisão após condenação em segunda instância foi suspensa. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, aceitou o pedido do PEN para impedir que o tema voltasse ao plenário do STF ainda nesta quarta-feira (11).
O partido entrou com um recurso após tirar do caso o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro (conhecido como Kakay). Depois da negativa da justiça para o encontro com o ex-presidente Lula, os políticos se reuniram com delegados da polícia federal. Mesmo assim, a comitiva não teve acesso.
O governador do Maranhão, Flávio Dino, do PC do B, nega que a visita representasse algum tipo de privilégio.
Além do governador do Maranhão, a comitiva era formada por Tião Viana, do Acre; Camilo Santana, do Ceará; Wellington Dias, do Piauí; e Rui Costa, da Bahia – todos do PT. Também estiveram presentes o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho; e de Pernambuco, Paulo Câmara – ambos do PSB; além do governador do Amapá, Waldez Góes, do PDT; e do governador das Alagoas, Renan Filho, do MDB.
Os senadores Gleisi Hoffmann, do Paraná; e Lindbergh Farias, do Rio de Janeiro – ambos do PT; o vice-presidente do partido, Márcio Macedo; além do ex-deputado Angelo Vanhoni, completavam o grupo. O presidente estadual do PT no Paraná, Doutor Rosinha, afirma que não é usual a restrição de visitas de políticos em unidades prisionais.
Ao deixar a sede da Polícia Federal, a comitiva se reuniu com os manifestantes que mantêm uma vigília permanente em solidariedade ao ex-presidente Lula.