Um laudo indica que motociclista que atropelou e deixou feridas três pessoas no bairro Batel, em Curitiba, no começo de julho (7) estava a 120 km/h. O resultado da perícia feita a partir de imagens de câmeras de segurança da Avenida do Batel foi juntado ao inquérito policial nesta semana. Por enquanto, o motorista que causou o acidente foi indiciado por lesão corporal, por dirigir com carteira de habilitação suspensa e por direção perigosa.

Outro laudo, ainda não concluído, vai apontar se o caso se configura como de lesão corporal de natureza grave. Leonardo de Magalhães Fonseca, de 22 anos, é monitorado por tornozeleira eletrônica enquanto aguarda a conclusão das investigações. A medida substituiu a prisão e foi determinada pela Justiça.

Segundo o delegado que investiga o caso, Anderson Franco, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), a velocidade do motociclista indicada no laudo era três vezes maior do que a permitida na Avenida do Batel na época do acidente.

A Justiça ainda não se manifestou sobre um pedido de prorrogação do prazo para conclusão das investigações. De acordo com o delegado Anderson Franco, a previsão é de que o inquérito seja encerrado em 30 dias.

O motociclista que responde pelo acidente perdeu o controle da moto ao realizar manobras na Avenida do Batel e atingiu primeiro uma mulher e a prima de 8 anos, que atravessavam a rua. Em seguida, subiu na calçada e atropelou uma mulher idosa que estava em um ponto de ônibus. Uma das vítimas, a enfermeira Adriane Aparecida Melik, 38 anos, ficou internada por 21 dias e agora se recupera em casa.

A criança, Laura de Souza, também ficou internada no Hospital Pequeno Príncipe e teve alta alguns dias depois do acidente. A mulher de 88 anos teve apenas ferimentos leves e recebeu alta no mesmo fim de semana do acidente. A defesa de Leonardo de Magalhães Fonseca afirma em nota que só vai se manifestar depois do posicionamento do Ministério Público.

Em outras oportunidades, os advogados do motociclista disseram que ele pretende responder por todos os atos criminais que possa ter cometido, inclusive por estar pilotando a moto com a carteira de habilitação suspensa.