Lava Jato deve investigar uso ilegal da Lei de Repatriações
A força-tarefa Lava Lato deve abrir a “caixa preta” da Lei de Repatriações. Pelo menos é o que deixa a entender procuradores da República envolvidos com as investigações. Durante a coletiva de imprensa da 40ª fase da operação, o Ministério Público Federal detalha que o ex-gerente da Petrobras Marcio Almeida preso hoje no Rio de Janeiro usou as leis de regularização cambial para esquentar 48 milhões de reais em propinas – inclusive pagando impostos e taxas ao Governo na faixa dos 14 milhões de reais.
O procurador da República Diogo Castor de Mattos não descarta que outros investigados da Lava Jato também tenham usado o mesmo método para “esquentar” o dinheiro da propina.
Segundo o procurador, o que permite esta prática criminosa é a falha no controle das declarações de ativos no exterior.
Segundo os investigadores, a Operação Asfixia também abre um novo núcleo de investigação, agora na subdivisão de Gás e Energia da Petrobras. O setor participava de esquemas de corrupção semelhantes aos descobertos nas áreas de Abastecimento, Serviços e Internacional da estatal.