Está preso o homem apontado como um dos principais líderes no Paraná da facção criminosa que age dentro e fora dos presídios em várias partes do país. Alberto Raimundo, conhecido como Betão, voltava da cidade de São Paulo pela BR-116 quando foi capturado na região do bairro Atuba por equipes do Cope, o Centro de Operações Policiais Especiais, da Polícia Civil. O delegado Rodrigo Brown explica que ele retornava de uma reunião com a cúpula da organização no Estado vizinho.

A motorista do carro foi identificada apenas como Tamires e tem 19 anos. A moça deve responder por associação para o tráfico, assim como Raimundo. Conversas de WhatsApp obtidas pela polícia revelam a preocupação dos bandidos com a perda da droga. Em um dos áudios, um dos criminosos fala sobre o que se tornou um problema para a facção.

Em outro trecho, a mesma pessoa planeja como pretende fazer o entorpecente recuperado render o suficiente.

Outro bandido, também via mensagem de celular, contabiliza a quantidade de droga retirada do automóvel.

Betão foi um dos alvos da Operação Alexandria, deflagrada em dezembro de 2015 pelas polícias Civil e Militar e os departamentos de Inteligência do Paraná e de Execução Penal. Ao todo, foram expedidos cerca de 700 mandados de prisão e quase 600 integrantes da facção criminosa acabaram capturados. A força-tarefa contou com a participação de mais de 1.500 agentes.

O homem tem passagens por homicídio, roubo, furto, porte ilegal de arma e uso de documento falso. Ele também é suspeito de participar do atentado que matou o agente penitenciário Ivan Lima dos Santos, em 2013, em Quatro Barras, na Grande Curitiba, assim como em várias explosões de caixas eletrônicos e em esquemas de roubo de cargas na região da capital.

O criminoso já tem uma condenação, cuja pena é de mais de 19 anos de prisão. Desse total, 12 anos foram cumpridos no presídio federal de segurança máxima de Mossoró (RN). Preso, ele deve ser transferido para o sistema prisional nos próximos dias.