A última noite de julho vai ser marcada por um acontecimento especial: a lua azul. O fenômeno é relativamente raro e se configura com a ocorrência de duas luas cheias dentro de um mesmo mês. Desta vez, a primeira lua cheia foi no dia 1º de julho e a segunda será nesta sexta-feira (31).

O fenômeno se dá por causa do ciclo lunar, que dura em torno de 29,5 dias. Assim, dividindo os 365,2 dias do ano por esse número, o resultado é 12,3, ou seja, 12,3 luas cheias, e não apenas 12. Por causa do acúmulo dessa pequena diferença de 0,3 e devido à quantidade de dias nos meses, que variam de 28 a 31, alguns anos – como o de 2015 – terminam com 13 luas cheias.

Mas apesar do nome, o satélite natural da Terra não fica, de fato, azul. Uma das explicações é que o “apelido” teria surgido a partir da expressão em inglês once in a blue moon, que significa acontecimento raro, mas que acabou absorvida segundo a tradução literal. Assim, ocorrências históricas de luas com tons de azul não guardam qualquer relação com o fenômeno no calendário.

Um desses momentos foi registrado no século 19, segundo a revista Galileu, por causa da erupção do vulcão Krakatoa, na Indonésia. O vulcão lançou cinzas que se espalharam por toda a atmosfera terrestre e provocaram um efeito visual que deixou a lua azulada em boa parte das noites de 1883. Grandes incêndios podem provocar a mesma impressão.

A última lua azul foi em agosto de 2012 e a próxima deve ser registrada apenas em janeiro de 2018.