É velado hoje (30), na capela do Cemitério Pedro Fuss, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, o corpo de Ingrid Irene Ribeiro, que morreu em um acidente de caminhão na última sexta-feira, no Interior de São Paulo. Ingrid, de 20 anos, estava grávida e o bebê sobreviveu ao acidente após ser expelido da barriga da mãe.

A criança foi encontrada chorando por socorristas em meio à carga de táboas de madeira do caminhão. Ingrid teria pegado uma carona no caminhão 100 quilômetros antes de ele tombar na BR-116, no km 527, na região do município paulista de Cajati, no Vale do Ribeira. Aos socorristas da concessionária que administra o trecho, o motorista disse que não conhecia a jovem.

Ingrid estava no período entre 36 e 39 semanas de gravidez. No acidente, ela foi arremessada para fora do caminhão. A carga de madeira atingiu a jovem, que morreu na hora. Os resgatistas contaram que ouviram o choro do bebê no momento em que chegaram ao local do acidente. O médico da concessionária Arteris, Helton Fernando Barbosa, acredita que a mãe tenha expelido o bebê com o impacto do acidente.

A família foi ontem (29) até São Paulo para reconhecer e liberar o corpo da jovem no Instituto Médico Legal. A bebê está internada no Hospital Regional Pariquera-Açu, cidade vizinha a Cajati. De acordo como o boletim médico, a criança já saiu da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, onde estava internada por precaução devido ao trauma do parto.

Depois do enterro da mãe, a família deve buscar uma liberação judicial para poder buscar o bebê no hospital em São Paulo. A equipe médica batizou a criança de Giovana. Com pouco mais de 3 quilos e 46 centímetros de tamanho, ela está na unidade de cuidados intermediários. Embora a equipe médica não tenha os dados do pré-natal, estima-se que a mãe estivesse com aproximadamente 8 meses de gestação.

A família reconheceu o corpo da mãe ontem (29) à noite no IML e o traslado do corpo foi feito durante a madrugada. O enterro deve ocorrer hoje (30) à tarde.

O motorista do caminhão recebeu alta já na sexta-feira. A polícia informou que ele relatou ter dado uma carona para a grávida em um posto às margens da BR-116, em São José dos Pinhais. O caminhão seguia no sentido São Paulo.

Não há informações sobre o destino que a mulher pretendia alcançar e nem sobre quem é pai da bebê.