Médicos de maternidade de Curitiba reclamam da falta de salários
Pelo menos 60 médicos, entre obstetras, pediatras e anestesistas, da Maternidade Victor Ferreira do Amaral estão com salários atrasados. O pagamento referente ao mês de janeiro deveria ter sido repassado no último dia 10, mas ainda não foi depositado. De acordo com a pediatra Carla Adriana Prado, os atrasos são registrados há pelo menos 13 anos, desde que a instituição foi reativada para atendimento.
Mesmo sem receber, os médicos descartam a possibilidade de greve no hospital.
A responsabilidade pelos repasses às cooperativas que pagam o salário dos médicos é da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar). Os recursos vêm de fontes como a própria UFPR, o SUS, a Secretaria Estadual de Saúde e a Prefeitura de Curitiba. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirma está rigorosamente em dia com o cronograma de pagamentos à maternidade. Já a Secretaria Estadual de Saúde informou que não tem vínculo com a maternidade e que apenas destina recursos à instituição por meio de um convênio. O contrato terminou em dezembro, mas já está em processo de renovação. Apenas depois disso é que o Estado vai poder voltar a repassar valores ao hospital. Também por meio de um comunicado, o Hospital de Clínicas informou que os recursos para o pagamento dos salários já foram transferidos ao órgão e que os salários devem ser depositados na conta dos médicos até a próxima sexta-feira.