Mesmo com decisão da Justiça, greve dos professores continua em todo o Estado

Foto Joka Madruga/ APP Sindicato
Foto Joka Madruga/ APP Sindicato

A greve dos professores estaduais entra hoje no vigésimo segundo dia e sem qualquer previsão concreta de quando pode terminar. No fim da tarde de sábado (28), a Justiça do Paraná concedeu uma liminar que obriga os docentes do terceiro ano do Ensino Médio a retomarem as atividades, mas a APP Sindicato, que representa os trabalhadores, diz que ainda não foi notificada da decisão. A cautelar também determina que 30% dos funcionários administrativos retornem às escolas no mesmo prazo. No entanto, segundo o secretário de comunicação da entidade, Luiz Fernando Rodrigues, como o sindicato vai recorrer assim que receber a intimação, a paralisação continua.

O governo entrou com o pedido de liminar na sexta-feira (27), depois de declarar que todas as possibilidades de acordo com a categoria já foram esgotadas. Em nota, o Executivo acusa o comando da greve de não honrar com o que foi combinado na última reunião entre as partes, realizada na semana passada. Após o encontro, a direção estadual da APP Sindicato protocolou um ofício informando a administração estadual da decisão de recusar as propostas e solicitando a reabertura das negociações. De acordo com o secretário da entidade, apesar de alguns avanços, vários pontos da pauta de reivindicações ainda não foram atendidos. Ele também explica que os trabalhadores não confiam nas promessas do governo.

 Ainda conforme a entidade, os rumos do movimento devem ser discutidos em uma assembleia da categoria marcada para as nove horas da manhã da próxima quarta-feira, dia 4 de março. Como a entidade calcula que o prazo de 48 horas da liminar começa a valer a partir da comunicação formal, que deve acontecer na segunda-feira (2), a expectativa é de que apenas no meio da semana haja alguma definição.

Já o governo diz que o prazo da liminar começou a valer no momento em que a decisão foi proferida, no sábado, e, sendo assim, terminaria nesta segunda-feira  (2) à noite. O Executivo afirma que recorreu à Justiça para defender o interesse da população e o início do ano letivo, que deveria ter começado no dia 9 de fevereiro. A cautelar foi concedida pelo juiz de plantão Victor Martin. No despacho, ele afirma que “há risco evidente e irreparável à ausência do conteúdo para os fins do concurso vestibular, provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e recomposição do calendário escolar”. A decisão prevê ainda a aplicação de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento. A administração estadual também quer que a greve seja declarada ilegal, mas o Tribunal de Justiça só deve se pronunciar sobre a abusividade ou não do movimento na quarta-feira, depois da assembleia da categoria.

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