O juiz Sérgio Moro acolheu, nesta quinta-feira (03), denuncia contra mais quatro ex-gerentes da Petrobras por corrupção e lavagem de dinheiro. A acusação da força-tarefa é decorrente da 46ª fase da Lava Jato, deflagrada em outubro, e é a primeira envolvendo a Petroquisa, braço petroquímico da estatal. Segundo as investigações, em 2010, contratos para realização de obras do Complexo Petroquímico de Suape, em Pernambuco, foram direcionados à Odebrecht.

Os quatro ex-gerentes da Petrobras teriam recebido, juntos, pagamentos de propina de 32 milhões de reais, até 2014, quatro anos depois que os contratos foram assinados. Um dos denunciados recebeu, sozinho, mais de 17 milhões e meio de reais do Grupo Odebrecht. Os pagamentos aconteceram mediante a utilização de diversas contas mantidas no exterior e que estavam em nome de empresas offshores com sede em paraísos fiscais.

A denúncia também cita uma agente que atuava junto a um representante de um banco da Suíça. Ela vai responder pelo crime de lavagem de dinheiro. Também se tornaram réus quatro executivos da Odebrecht.