Moro condena ex-gerentes da Petrobas por corrupção e lavagem de dinheiro
O juiz Sérgio Moro condenou nesta segunda-feira (05) os ex-gerentes da Petrobras, Márcio de Almeida Ferreira e Edison Krummenauer, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pelo recebimento de vantagem indevida em quatro contratos da estatal.
A pena de Márcio de Almeida Ferreira é de dez anos e três meses de prisão em regime inicialmente fechado. Já Edison Krummenauer foi condenado a nove anos e quatro meses. Na sentença, Moro explicou que como são delatores, eles devem cumprir as penas fixadas em seus acordos de colaboração premiada.
Além dos dois ex-gerentes da estatal, ainda foram condenados por corrupção ativa e lavagem de dinheiro os empresários Marivaldo do Rozário Escalfoni e Paulo Roberto Fernandes. Os dois tiveram a pena fixada em 14 anos e três meses de prisão também em regime inicial fechado. Já o executivo ligado à empreiteira Andrade Gutierrez Luis Mário da Costa Mattoni foi condenado a oito anos. O juiz ainda absolveu de todas as acusações o ex-gerente da estatal Maurício Guedes.
O Ministério Público Federal (MPF) chegou a denunciar os réus também por organização criminosa, mas Moro absolveu os acusados deste crime. O esquema de pagamento de propina movimentou de forma fraudulenta R$ 150 milhões na área de Gás e Energia da Petrobras.
O processo é decorrente da 40ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Asfixia” e deflagrada em maio do ano passado. Nesta fase, os envolvidos foram acusados de usar a Lei de repatriação para lavar o dinheiro. O ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida, usou a legislação para “esquentar” 48 milhões de reais de propinas.