Os interessados em visitar o triplex em Guarujá, no litoral paulista, e que forem participar do leilão do imóvel terão de pagar mil reais de caução. A determinação foi dada pelo juiz Sérgio Moro a pedido do leiloeiro que alegou que a procura tem sido grande.

O apartamento, atribuído pelo Ministério Público Federal ao ex-presidente Lula, vai a leilão no dia 15 de maio, em primeira chamada e, caso não seja arrematado, será feito um novo pregão no dia 22. O tríplex foi avaliado em R$ 2 milhões e 200 mil reais, valor que representaria o montante de vantagens indevidas recebidas pelo ex-presidente somadas às reformas feitas pela empreiteira OAS no imóvel.

Em despacho, Moro disse que “apesar da curiosidade que o apartamento deve suscitar, é necessário limitar as visitas aqueles com real interesse na aquisição do imóvel”. O dinheiro da caução deve ser devolvido após as visitas ou cobrado em caso de danos eventualmente provocados pelo visitante, ainda conforme o magistrado.

A defesa de Lula alega que o ex-presidente foi apenas uma vez ao condomínio para avaliar se tinha interesse na compra do triplex, mas depois desistiu do negócio. O ex-presidente foi condenado em primeira e segunda instância no caso do Triplex. O juiz Sergio Moro condenou Lula a 9 anos e meio de prisão. No entanto, o Tribunal Regional Federal da 4ª região aumentou a pena para 12 anos e 1 mês de reclusão. Lula foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O inquérito que deu origem ao processo foi instaurado em julho de 2016 e a denúncia se transformou em ação penal em setembro do mesmo ano. A denúncia abrange três contratos da OAS com a Petrobras e diz que R$ 3,7 milhões em propinas foram pagos a Lula.

Além de Lula, também foram julgados Léo Pinheiro (presidente afastado da OAS); Paulo Okamotto (presidente do Instituto Lula); Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Gordilho, Fabio Hori Yonamine, Roberto Moreira Ferreira (diretores da OAS).