Moro determina que José Dirceu deixe a cadeia com tornozeleira eletrônica

 Moro determina que José Dirceu deixe a cadeia com tornozeleira eletrônica

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, já está em liberdade, mas será monitorado por uma tornozeleira eletrônica por determinação do juiz federal Sérgio Moro.

Em despacho, o magistrado disse que é prudente manter a vigilância eletrônica para que os deslocamentos do ex-ministro possam ser controlados. Por volta de quatro horas da tarde desta quarta-feira (03), o petista deixou o Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Ele foi escoltado pela Polícia Federal até a sede da Justiça Federal do Paraná para colocar o aparelho de monitoramento. Manifestantes favoráveis e contrários à liberação de Dirceu aguardavam a saída do ex-ministro gritando palavras de ordem.

Em certo momento, também houve bate-boca entre os manifestantes. As polícias Militar e Federal fizeram um cordão de isolamento em frente à Justiça Federal, para evitar conflitos. Depois de colocar a tornozeleira, Dirceu saiu em um veículo particular e seguiu para Brasília, onde tem residência.

Por questões de segurança o endereço na capital federal será mantido em sigilo. Podval se disse satisfeito com a decisão do Supremo de conceder o habeas corpus a Dirceu, mas criticou a banalização das prisões na Lava Jato.

Além de usar tornozeleira eletrônica, o juiz Sérgio Moro determinou outras cinco medidas cautelares. O ex-ministro está proibido de deixar a cidade onde vai cumprir pena; não pode se comunicar com outros acusados ou testemunhas da Lava Jato; deve comparecer a todos os atos do processo e todas as intimações; está proibido de deixar o Brasil; e deve entregar os passaportes à Justiça. O advogado Roberto Podval defendeu as medidas cautelares e disse que a prisão preventiva deveria ser a última alternativa usada pela Justiça. O criminalista também comentou que não se pode fazer qualquer julgamento levando em conta a opinião popular.

José Dirceu foi preso em agosto de 2015 durante a 17ª fase da operação Lava Jato, chamada de Pixuleco. O ex-ministro já foi condenado duas vezes em primeira instância e pode responder ainda a um terceiro processo, caso a Justiça Federal do Paraná acolha nova denúncia apresentada na última terça-feira (02) pelo Ministério Público Federal. Sobre este assunto, o advogado do ex-ministro disse que os procuradores da força-tarefa da Lava Jato levaram a investigação para o lado pessoal.

Em primeira instância, o ex-ministro recebeu sentenças que, somadas, passam dos 32 anos de prisão. Apesar de o STF ter concedido habeas corpus a José Dirceu, o ex-ministro pode retornar para a prisão assim que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmar em segunda instância pelo menos uma das sentenças.

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