MPF denuncia Gilberto Carvalho e Lula na Operação Zelotes
O ex-ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República no governo Lula, Gilberto Carvalho, rebateu em Curitiba nesta segunda-feira (11) os argumentos do Ministério Público Federal na denúncia que apresentou contra ele por corrupção passiva. O ex-ministro diz que as acusações têm origem em interesses de lobistas que tentaram ganhar dinheiro de montadoras.
A denúncia, decorrente da Operação Zelotes, afirma que Lula editou uma medida provisória para favorecer empresas do setor automotivo em troca de recebimento de propina. Segundo os investigadores, as empresas beneficiadas teriam pagado recursos ilícitos a intermediários, que ficaram encarregados de repassar o dinheiro para os agentes políticos. Os participantes do esquema teriam prometido R$ 6 milhões para Lula e Carvalho.
O dinheiro, segundo as investigações, era para custear campanhas eleitorais do PT. Gilberto Carvalho afirma que não houve irregularidades na edição das medidas provisórias e que não enriqueceu ao atuar no governo federal.
O ex-ministro Gilberto Carvalho também diz que o Ministério Público não tem provas das alegadas irregularidades. Segundo ele, também não há relação entre as empresas citadas e doações de campanha para o PT.
Além de Lula e Carvalho, mais cinco pessoas foram denunciadas na proposta de ação penal. De acordo com a acusação, a medida provisória alvo das investigações, editada em 2009, teria sido submetida ao aval dos corruptores, suspeitos de terem apresentado sugestões de alterações.