MPF denuncia investigados na 40ª fase da Lava Jato com foco na subdivisão de gás e energia da Petrobras
O Ministério Público Federal denunciou hoje (quinta, 08) seis pessoas pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa em processo relacionado a 40ª fase da operação lava Jato. Esta etapa foi deflagrada em maio deste ano e tem como foco ex-gerentes da Petrobras que trabalhavam na subdivisão de Gás e Energia e representantes de empresas. Segundo o MPF, houve pagamento de R$ 150 milhões em propinas entre os anos de 2003 e 2016. Foram detidos os ex-executivos da estatal Marcio de Almeida Ferreira e Maurício Guedes de Oliveira e os empresários Marivaldo do Rosário Escalfoni e Paulo Roberto Gomes Fernandes. O levantamento da força-tarefa Lava Jato coloca sob suspeita 18 contratos da Petrobras – assinados com as empresas Akyzo e Liderroll .
Ao todo, os contratos valiam cinco bilhões de reais (R$ 5 bi). De acordo com o a força-tarefa da Lava Jato, o ex-gerente da Petrobras, Márcio de Almeida, que permanece preso, chegou a usar a Lei de repatriação para lavar o dinheiro. Ele é suspeito de usar a legislação para “esquentar” 48 milhões de reais de propinas. A suspeita de irregularidades na repatriação do recurso partiu da declaração do ex-diretor que passou de 7 milhões de reais para mais de 40 milhões “do dia para a noite”. A retificação na Receita foi feita em 2016, após a sanção pelo governo federal da chamada Lei da Repatriação. De acordo com o MPF, os recursos mantidos no exterior foram trazidos ao Brasil com o argumento de que o dinheiro era proveniente da venda de um imóvel.