MPF nega visitas a prisão domiciliar de Marcelo Odebrecht

O empreiteiro já condenado na Lava Jato e que cumpre prisão domiciliar há cerca de um mês e meio, Marcelo Odebrecht, pediu à Justiça para receber a visita de dois atuais diretores da empresa. Luciano Guidolin e Olga Pontes integram o novo quadro executivo da Odebrecht que busca reerguer a empresa depois da crise provocada pelo esquema de corrupção. A solicitação de Marcelo Odebrecht foi negada pelo Ministério Público Federal, que alegou que as visitas vão de encontro a uma cláusula do acordo de colaboração premiada, que prevê que o condenado deve ficar longe de qualquer atividade ligada a funções de direção da empresa.

Odebrecht precisa informar à Justiça os nomes das pessoas que ele quer receber visita durante o cumprimento da pena em casa. Na decisão, os procuradores da força tarefa da Lava Jato pontuam que questões relacionadas a negociações e contratações do grupo são de conhecimento dos novos executivos. Portanto, para o MPF, as visitas podem possibilitar a interferência de Marcelo Odebrecht na gestão do grupo empresarial.

A defesa de Odebrecht também adicionou na lista de visitas o nome de oito ex-executivos da empresa, todos delatores, entre eles Alexandrino de Alencar, Fernando Reis e Márcio Faria da Silva. Neste caso, o MPF autorizou as visitas, já que todos se comprometeram a não tratar do acordo de colaboração e de atos ilícitos em suas conversas. Marcelo Odebrecht passou a cumprir regime fechado diferenciado em sua residência no dia 19 de dezembro do ano passado. Ele está usando uma tornozeleira eletrônica que custa por mês 149 reais.

O equipamento é fornecido pela Justiça Federal do Paraná, adquirido por meio de licitação. Odebrecht foi condenado em duas ações penais da Lava Jato em primeira instância com uma pena total de 31 anos e seis meses de prisão, no entanto, o acordo de colaboração premiada determina que Marcelo cumpra 10 anos, incluindo o tempo em que ficou detido no Paraná. Além das duas condenações, Odebrecht responde a mais quatro ações penais perante a 13ª Vara Federal de Curitiba. Pelo acordo, o empresário também teve de pagar uma multa de mais de 73 milhões de reais por ser considerado o mandante dos crimes cometidos pela empresa no esquema de corrupção da Petrobras. Logo após a prisão, em 19 de junho de 2015, durante a 14ª fase da operação Lava Jato, Marcelo Odebrecht foi afastado da presidência do Grupo.

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