MPF questiona quantidade de visitas que Lula recebe na PF

 MPF questiona quantidade de visitas que Lula recebe na PF

Foto: Thaissa Martiniuk/ BandNews FM

Procuradores da Força Tarefa Lava Jato no Paraná reclamam da quantidade de visitas que o ex-presidente Lula tem recebido na sede da Polícia Federal em Curitiba e querem impedir a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, de atuar como advogada na ação penal que o condenou a 12 anos e um mês de prisão. O pedido foi apresentado nesta terça-feira (14) à juíza federal Carolina Lebbos Moura, responsável pela execução penal do ex-presidente.

No texto, os procuradores acusam Lula de estar transformando a sala onde cumpre pena na Polícia Federal desde 7 de abril em um comitê de campanha política. Para o Ministério Público Federal, as visitas não têm o objetivo de promover a defesa judicial do ex-presidente, mas de permitir que ele faça a condução e a intervenção no processo eleitoral. Os procuradores alegam que a senadora Gleisi Hoffmann não poderia estar habilitada como advogada de Lula, uma vez que o Estatuto da Advocacia, que é uma lei federal, impede parlamentares de exercer a profissão.

O pedido ainda não foi analisado pela juíza. Antes de tomar uma decisão, ela deve pedir que a Polícia Federal e a defesa de Lula se manifestem. Enquanto um ato político era realizado em Brasília na tarde desta quarta-feira (15) para marcar a data do registro da candidatura de Lula à Presidência da República, apoiadores do ex-presidente também promoveram um ato público ao lado do prédio da Polícia Federal em Curitiba.

Desde que o ex-presidente foi preso, há pouco mais de quatro meses, manifestantes mantêm uma vigília na região, pedindo a libertação de Lula. Em Brasília, a coligação O Povo Feliz de Novo, que reúne PT, PCdoB e PROS, apresentou um programa de governo para o período 2019-2022. O documento tem 62 páginas.

Uma marcha até Brasília fez parte dos atos organizados para o dia do registro, que se encerrou com um ato popular. Diversas lideranças políticas estiveram presentes, incluindo a ex-presidente Dilma Rousseff, o candidato a vice-presidente na chapa, Fernando Haddad, e também a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul Manuela D´Ávilla, do PCdoB. Ela desistiu de concorrer à Presidência da República para ser uma alternativa da coligação, como vice de Haddad no caso de Lula ter a candidatura impugnada.

Reportagem: Lenise Klenk

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